O (Des)Mito da Meditação

O (Des)Mito da Meditação

Desde há algum tempo que se fala muito sobre meditação. Mas a verdade é que, ainda hoje, quando se fala de meditação, continua a ser um tema demasiado pesado, demasiado longe da realidade de todos nós, que é preciso ficar umas horas sentado ou deitado a meditar.

Naturalmente, no corre-corre dos dias de hoje, é difícil reservar todo esse tempo para meditar. Mesmo porque, quando iniciamos este processo, a nossa mente está demasiado absorvida por estímulos externos. Assim, é difícil incutir a alguém que, além de ter trezentas mil coisas para fazer, ainda deve ficar sentado durante uma hora e meditar. É análogo a um tipo de comentário que costumamos utilizar muito quando estamos junto de uma pessoa que se encontra chateada. Perguntamos se ela está chateada, pelo que ela vai responder que não, mesmo estando na realidade. Ou então vamos deixá-la ainda mais chateada!

Ao forçarmos alguém a fazer um processo meditativo, só estamos a fazer com que ela não consiga relaxar e a impedi-la de usufruir dos benefícios implícitos da meditação. Então, a melhor forma, é explicar que a meditação é um momento de contemplação, é o momento de olhar para ti e para o agora. Mas não precisa de ser um momento longo, de horas. Basta 1 minuto para ser verdadeiramente eficaz. No entanto, tem de haver o teu comprometimento de forma diária, para que esses benefícios possam exaltar na tua pessoa. Para isso, basta que encontres o teu lugar confortável – seja ele qual for. Se o fizeres deitado, é provável que possas adormecer. No entanto, não é sinónimo que não vás usufruir da meditação. Por princípio, será sempre preferível fazê-lo sentado (ou mesmo deitado), com os joelhos dobrados.

Gandhi costumava dizer “hoje tenho tanto que fazer, que em vez de meditar uma hora, meditarei duas.”

Muitas vezes ouvimos dizer que, para a prática da meditação, também temos que encontrar o espaço certo, acender uma vela, desligar a luz, eventualmente acender um incenso, mas nada disso é necessário. Apenas tu és necessário para esta prática. Esta prática pode ser tão simples como fechar os teus olhos, permitires que o teu corpo relaxe, e sentir a respiração a entrar e a sair pelo teu nariz. Nesse momento, consegues estar apenas presente, estar simplesmente contigo contigo. Isso já é uma prática meditativa.

No entanto, se para ti for fácil, podes avançar mais um pouco. E em vez de 1 minuto, pratica 5 minutos de forma diária, e observa os benefícios imensos que vais sentir após uma semana. A uma certa altura, verás que já nem precisas de ouvir a meditação guiada, que podes fazeres a tua própria meditação, porque passou a fazer parte de ti e da tua programação/estrutura mental . Ou seja, quando necessitares de recorrer à meditação – porque estás num momento de stress, exaltação, ansiedade, ou outro – automaticamente poderás recorrer ao teu Ser, ao teu backup mental, e socorrer-te da Tua meditação. Como vês, nada disto é assim tão difícil. Requer apenas duas coisas: 1) que estejas presente e 2) o teu comprometimento.

5 minutos do teu dia, é o melhor que podes oferecer a ti mesmo, para te restabelecer, teres uma boa noite de sono e acordares revigorado no dia seguinte. Contudo, a meditação não tem que ser feita necessariamente à noite. A meditação é algo que tu podes fazer em qualquer momento do dia. Muitas vezes falamos na meditação à noite, apenas como forma de limpar a tua mente de todo o teu dia. No entanto, esta ferramenta está de todo disponível 24 horas por dia! A meditação ajuda-nos a criar espaço, a ser conscientes, para que a mente nos sirva de instrumento e não domine as nossas acções.

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