Um possível futuro

Um possível futuro

Cada vez mais os “adultos” nos dizem mais o que podemos fazer do nosso futuro, podem não ser ordens mas conselhos para um futuro melhor. Mas agora eu pergunto “o que é um futuro melhor”? Será ter um emprego, uma família, uma casa e um salário que nos permita não viver debaixo da ponte?  Mas será isso o mais importante? Eu digo não. Um futuro não pode ser melhor ou pior do ponto de vista de outras pessoas, tem de ser do nosso ponto de vista. 

Vivemos numa sociedade em que dizem aos jovens que seguir uma determina área é ir parar directamente ao desemprego. Vivemos numa sociedade que, sim é verdade que os centros de emprego estão mais cheios que as escolas, mas já pararam para pensar como será daqui a uns anos? Uns acreditam que tudo será diferente, com carros voadores e tudo automatizado e sem empregos nenhuns, outros acreditam que a geração se vai renovar e vamos voltar a uma sociedade muito desequilibrada em termos profissionais. E sabem? Eu acredito num misto das duas opções acho que por um lado vai haver uma mudança no mundo devido à evolução tecnológica e científica, mas que por outro lado vai haver um grande desequilíbrio profissional. Este futuro pode ser mudado por nós jovens e por vocês adultos. Se continuarmos a empurrar todos os jovens para médicos, para advogados e economistas, tudo empregos com uma grande empregabilidade (teoricamente) como é suposto ensinarmos os mais novos (professores), atrair turistas para um maior desenvolvimento do pais (escultores, pintores, cozinheiros e animadores culturais), expandirmos a nossa cultura (cantores e jornalistas) e nos entretermos (actores)?

Não estou a sugerir que mudemos tudo neste preciso segundo. Estou à espera que seja uma mudança gradual para que quando esta geração estiver a ser empregada possa conseguir fazer o que gosta, porque acreditem que um trabalho (qualquer que seja) só é bem feito quando feito com vontade e dedicação e não contrariados e revoltados. Por isso, deixemos os jovens seguir os seus sonhos, mesmo que vá contra os vossos princípios e que nesta sociedade esse sonho signifique desemprego. As sociedades mudam e as gerações renovam-se.

Sara Ferreira

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