Mãos que Mimam: Vamos às compras?

Mãos que Mimam: Vamos às compras?

Para uns, um mal necessário, para outros, um prazer!

Seja atrás de um computador, ou de um balcão, adquirir algo, implica dinheiro, já sabemos. É assim, a sociedade em que vivemos.

Durante muitos séculos só existiam trocas diretas. Cada um trocava o excedente da sua produção, por bens que eram excedentes de outros, não havia qualquer intermediação.

Este sistema, trazia vários inconvenientes:

  • A atribuição justa, de valor
  • A coincidência de necessidades, entre várias pessoas
  • O transporte dos bens
  • O crescente número de transações
  • Conservação

Para ultrapassar estes problemas, foram aparecendo bens intermediários, que facilitavam a vida a todos os que precisavam de transacionar algo.

Esses bens, eram aceites por toda a comunidade, e já tiveram as mais variadas formas.

  • Peles
  • Sal
  • Vinho
  • Gado
  • Cereais
  • Especiarias

Mas continuavam a subsistir diversas questões. Este sistema continuava a ser pouco prático. Assim nasceu a moeda metálica, por volta de 2500 ac.

Vieram depois as notas, o sistema bancário, os cheques, as transferências bancárias, os cartões, o dinheiro virtual.

Hoje, uma grande fatia das transações, podem fazer-se sem contacto direto com dinheiro físico.

A economia é feita de ciclos, já sabemos e atualmente, muitas comunidades, estão a voltar à troca direta. Acredito, que de forma naturalmente diferente, esta poderá ser uma tendência da sociedade.

Vamos ao mercado comprar legumes frescos, para o almoço?

Vamos sim senhor!

Mas com classe, ok?

Cada vez mais, a massificação me desinteressa. Cada vez mais, gosto de personalizar tudo o que utilizo. Gosto de sentir a minha ‘marca’, no dia-a-dia.

Eu sou única, por isso, para quê usar, o que todos usam?

Resolvi fazer 2 porta-moedas, únicos, 100% originais. O fantástico de tudo isto, é que as possibilidades são infinitas. Diferentes formas, tamanhos, cores e materiais.

Podem reciclar as ferragens de velhos porta-moedas e outros objetos que tenham em casa, e assim personalizar, ainda mais, a vossa obra.

São trabalhos relativamente simples e que não demoram a concluir.

E acreditem, enquanto estamos a aprender e a executar, estamos a fazer-nos bem. Já vos disse, o artesanato, pode ser um cura natural, para a ansiedade e um ótimo aleado, na procura de soluções, para as equações, tantas vezes complicadas, que a vida nos apresenta.

Executei dois simpáticos porta-moedas, as quais dei os nomes de:

“Primavera”

e

“Arco-íris”

Aviamentos

  • Linha de algodão nº4
  • Rosa
  • Matizada
  • Linhas de bordar de diversas cores
  • Fio de pesca 0,35 mm
  • Fecho para porta-moedas em metal, formato redondo 10 cm
  • Fecho para porta-moedas em metal, formato retangular 10 cm
  • Agulha de croché 2,5
  • Agulha de cozer, fina, com buraco grande, para remates e para cozer a bolsa de croché, à ferragem.
  • Adereços à escolha

Execução

Porta-moedas, Primavera

Algodão rosa-Ferragem retangular

Base- Retângulo

8 carreiras, com 12 pontos altos

Laterais

12 carreiras sem aumentos, de ponto baixo. Trabalhei alternadamente nestas carreiras. Um ponto por cima, do ponto base e outro abaixo do ponto base. Faz um efeito muito bonito.

3 carreiras de ponto pinha. 3 pontos altos, laçados de uma só vez, seguidos de uma malha e assim sucessivamente.

2 carreiras de ponto baixo

Flores para decorar

Fiz 5 flores em linhas de bordar (aproveitamentos),

À volta do anel mágico, 5 pétalas – 3 pontos altos, laçados de uma só vez, seguido de 1 ponto baixíssimo e assim sucessivamente até formar as cinco pétalas. Depois é só colocar as flores da forma que mais gostarem, no exterior do porta-moedas.

A fase que requer mais carinho, pelo menos para mim, é coser a bolsa, à ferragem. Com paciência, devemos fixar o croché à ferragem, com alfinetes, ou com linhas auxiliares. Depois, vamos passando o fio de pesca, pelos orifícios da ferragem e pelo croché. Neste processo devemos garantir que a nossa bolsa, fica bem encaixada, entre os dois lados do fecho.

Tenham em atenção os remates. Com a ajuda de uma agulha de coser fios grossos, ou lã, esta tarefa será bem mais simples.

Porta-moedas, Arco-íris

Algodão matizado-Ferragem redonda

Base-Circulo

10 carreiras de ponto baixo

Anel mágico

1 carreira  6 pontos

2 carreira 2 pontos em cada ponto base

3 carreira 1 ponto simples, 1 aumento (2 pontos, sobre o ponto base)

4 carreira 2 pontos simples, 1 aumento

5 carreira 3 pontos simples, 1 aumento

10 carreira 8 pontos simples, 1 aumento

Laterais

2 carreiras de ponto baixo sem aumentos

6 carreiras de ponto pinha

2 carreiras de ponto baixo

Bem, agora é só unir a nossa bolsa ao fecho metálico, rematar as pontas e ir às compras!

Mais um pequeno projeto, que me encheu de orgulho.

Desafios que nos dão a conhecer. Tão bom!

Ficaram lindos. Apetece-me fazer mais e mais 🙂

Paula Castanheira

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