Pão, Pão, Pão!
O que eu o adoro. Resisto facilmente a qualquer bolo, por mais apetitoso que possa parecer, mas a um belo pãozinho a história já outra bem diferente.
O pão fresco anuncia um novo dia, uma nova oportunidade. A história do pão funde-se com a história da humanidade. Julga-se ter surgido no Egipto há mais de 6000 anos.
Se há algo comum a quase todas as casas, em quase todas as mesas, sem dúvida que é o PÃO!
Na sua base, está a farinha, a água e o sal. Se leva fermento então é levedo, mas se não levar então temos o ázimo.
Rico em carboidratos e calorias, deve ser comido com moderação, para que não se transforme em gordura. Não deve no entanto ser excluído da nossa dieta, pois possui vitaminas, sais minerais e fibras.
Este fantástico alimento tem-se multiplicado em infinitas variedades. Hoje podemos dizer que o pão se adaptou a quase todas as necessidades e gostos.
Podemos encontrar pão para diabéticos, para celíacos, para o coração, light, integral. Podemos encontrar pão de trigo, de milho, de soja, de granola, de canela, de centeio, de milho, de trigo-sarraceno, de aveia, de alfarroba, de arroz, de batata, com sementes, com chocolate, com frutos secos, de mistura, com glúten, sem glúten, com enchidos, com carne, com peixe, com queijo, com ervas aromáticas, com azeitonas…doce, salgado…
Podemos ter pão industrial ou pão artesanal. A variedade vem da própria composição, do formato, do tipo de forno, se tem fermento ou não…
Trouxe da minha infância muitas e boas recordações e estou muito grata por isso. Algumas sob a forma de cheiros e sabores. Recordo com particular ternura e grande clareza, os lanches em casa da avó Aldina. Esperava ansiosa a chegada das 5 da tarde e a imprescindível visita da padeira que de bicicleta, ia de porta em porta entregar as fantásticas padas de Vale de Ílhavo. Ainda quentinhas saltavam dos grandes cestos, forrados de pano imaculadamente branco, diretamente para o saquinho de pano da avó e deste para a nossa merenda. Comia-se assim, sem manteiga, sem queijo, sem nada. Saciava-me simplesmente aquele sabor único de que guardo tantas saudades.
E a broa de milho? Ai se eu vos conseguisse descrever o quanto eu gostava de ir até à lojinha do Sr. Albino comprar meio quilo de broa… Eram enormes! Com uma côdea linda e o aroma? Consigo ainda hoje senti-lo!
Até o som da faca que o Sr. Albino usava para cortar os pedaços de broa para os clientes, ainda aqui está!
A semana passada fui lanchar a casa de uma amiga. Quando cheguei senti imediatamente um cheiro que logo me deixou entusiasmada. Claro que fui direita à cozinha e era verdade, Alice estava a acabar de tirar do forno um pão lindo para o nosso lanche. Que bem que se estava com aquele aroma a pão quentinho.
Era pão de nozes e curcuma! Só vos digo, o sabor era espetacular. Não parei. Fui devorando cada pedacinho num crescendo de satisfação. Abracei a minha amiga, agradeci-lhe do coração tão divinal repasto e pedi-lhe a receita.
Se é bom, então deve ser partilhado! É o meu lema!
E aqui estou eu com a receita.
Vamos trabalhar? Não se assustem, é simples 🙂
Ingredientes
Farinha de trigo 500g
Nozes picadas 1 chávena
Açúcar 1 colher de sopa
Leite morno 1 chávena e meia
Manteiga 2 colheres de sopa
Curcuma em pó 1 colher de sopa
Fermento de padeiro seco 11 g (1 pacotinho)
Sal qb
Preparação
Mistura-se a farinha a farinha, as nozes, o fermento e reserva-se.
Noutro recipiente mistura-se o leite, o açúcar, a manteiga, o sal e a curcuma.
De seguida incorporam-se as duas misturas e amassam-se até que o preparado se solte das mãos.
Numa superfície polvilhada com farinha, continua a amassar-se até que a massa esteja lisa. Faz-se uma bola e transfere-se para um alguidar com um pouco de farinha. Faz-se uma cruz no cimo da massa, tapa-se com um pano e deixa-se levedar até o volume aumentar para cerca do dobro. Se o ambiente estiver fresco é preferível, colocar a nossa massa, por exemplo dentro do forno.
Nesta altura molda-se o pão, a gosto, (eu fiz duas bolas), transfere para o tabuleiro do forno, previamente enfarinhado e aguarda-se de novo, até a massa voltar a dobrar.
Aquece-se o forno a 160º. Coloca-se o tabuleiro e ao fim de mais ou menos meia hora aumenta-se a temperatura para 190º. Espera-se uns 10 minutos, ou até a crosta ganhar cor.
Deixa-se arrefecer sobre uma rede. Nesta altura, já eu estava atacar sem dó nem piedade o meu pão.
Deixa um aroma aconchegando e Irresistível na casa, garanto-vos!
Mostrem lá os vossos dotes e surpreendam!
Espreitem no Viver a Cores as propriedades fantásticas da curcuma, que podem adquirir por exemplo, no Somos Bio.
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